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FLORESTAS URBANAS E QUALIDADE DO AR

 

O que se observa como regra nas cidades é a ocupação desordenada, o desmatamento e a poluição que ocasiona o esgotamento destes mananciais essenciais para a existência das cidades. O processo de degradação desenfreado pela ocupação do solo no Município de São Paulo devido às práticas antrópicas vem tendo consequências problemáticas com a expansão da cidade.

 

Para isso, foram estabelecidos conceitos da vegetação arbórea presente nas cidades, como: Arborização Urbana e Florestas Urbanas. Ambos tiveram seus conteúdos redefinidos recentemente, tendo como base provável, os termos estabelecidos por canadenses e norte-americanos a partir da década de 60.

 

O conceito de “Urban Forest” está ligado à expansão das cidades e a demanda crescente de métodos e técnicas, que pudessem ser aplicados ao conjunto arbóreo de determinados espaços. Conclui-se que está incluso em “Urban Forest” todas as árvores da cidade, presentes principalmente em ruas, avenidas, parques, áreas de recreação, unidades de conservação, áreas públicas ou privadas, remanescentes de ecossistemas naturais ou plantados.

 

Segundo estudos realizados sobre a paisagem da floresta urbana e a qualidade do ar, foram estabelecidos padrões nacionais pelo IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e aprovados pelo CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. A evolução dos conhecimentos técnicos e científicos, conduziu neste período, a União Europeia e os Estados Unidos à revisão de suas referências, com a atualização dos valores dos padrões adotados e inclusão de novos parâmetros.

 

Em 2005, a OMS – Organização Mundial de Saúde, publicou documentos com uma revisão dos valores-guia para poluentes atmosféricos, visando à proteção da saúde da população, de acordo com os conhecimentos científicos adquiridos.

 

Os padrões de qualidade do ar (PQAr) variam de acordo com o objetivo adotado, balanceando os riscos à saúde, a viabilidade técnica, considerações econômicas e vários outros fatores políticos e sociais, que dependem do nível de desenvolvimento e capacidade do Estado de gerenciar a qualidade do ar.

 

No que diz respeito à vegetação e sua ação de retenção da poluição do ar, a maioria dos trabalhos concordam que as florestas podem efetivamente contribuir para este processo. Através da absorção de alguns poluentes e da filtragem dos particulados. Os principais poluentes são o dióxido de enxofre (SO2), o ozônio (O3) e o ácido fluorídrico (HF), sendo o SO2 considerado o mais importante neste aspecto. Ele geralmente é absorvido pelos estômatos e os danos causados às árvores podem ocorrer sem aparecer sintomas visuais, como necroses, cloroses e etc. 

Além disto, o monóxido de enxofre (SO) está relacionado com a poluição do ar, mais do que qualquer outro gás poluente. Ele é responsável pela “precipitação ácida”, que pode impedir o desenvolvimento das árvores dificultando o ciclo dos nutrientes. As florestas estão sujeitas a redução de vitalidade, de crescimento e de resistência a fatores bióticos e abióticos. 

As florestas urbanas são importantes não somente pelo sombreamento ou paisagismo local, mas principalmente, por proporcionarem melhor qualidade de vida e bem-estar ao ambiente urbano. Pois diversas espécies de plantas e animais encontram abrigos nessas áreas. Há também o potencial educacional e recreativo que favorece a população do entorno. Além de diminuir a poluição química e sonora, reduzir os efeitos das ilhas de calor, aumentar a umidade relativa do ar e disponibilidade de água, reduzir erosões e assoreamentos nas encostas dos rios, entre outros benefícios.

 

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